Pormenores
"Um pormenor pode não significar nada, pode ser banal, mas também pode ser um marco decisivo numa vida singular."
Eu gosto de pormenores, tanto dos acessórios como dos fulcrais.
Gosto de esmiuçar o sentido das coisas, de as sentir.
Por vezes, perco-me no meio de tanto detalhe, torno-me subjectiva, redundante, mas é nos pormenores que encontro a beleza que liga tudo o que existe no universo.
Caso do post de hoje.
O pormenor da braçadeira.
Foi o primeiro jogo oficial com a braçadeira de capitão, no mesmo campo onde jogou o primeiro jogo oficial de competição.
Quando o vi entrar no campo com a braçadeira, automaticamente me lembrei daquele dia.Estava tão nervoso. No balneário, o mister notou a respiração ofegante. Os olhos de temor. Até ali, nunca as luvas lhe terão "pesado" tanto como naquela manhã.
O campo que agora o "recebeu" tão mais descontraído e confiante.
Cada criança evolui ao seu ritmo, no seu tempo.
Não é preciso pressa.
Não são necessárias pressões.
Cada criança, enquanto atleta, tem o seu tempo para evoluir no desporto.
Tal como cada um começa a andar, a falar no seu tempo, também ao atleta tem de ser dado tempo para crescer e evoluir como tal.
Uns revelam os dotes para o desporto logo desde muito cedo. Outros precisam de tempo para desenvolver e amadurecer as capacidades que têm.
Cada criança é um individuo único que tem o seu tempo para crescer, evoluir e desenvolver as suas capacidades.
A fraqueza dele era o medo. O medo de errar.
Quando mostraram confiança nele, foi como pózinhos perlimpimpim* que lhe jogaram em cima.